LIGA DA JUSTIÇA DE ZACK SNYDER | Snyder entrega filme que o supergrupo merece! (Crítica)
Depois da grande decepção para muitos fãs com o lançamento de Liga da Justiça em 2017 e anos de campanha pelo Snyder Cut (Corte do Snyder), finalmente tivemos o lançamento de Liga da Justiça de Zack Snyder, completando a visão original do cineasta para o filme. A Liga da Justiça de Zack Snyder cria uma história mais poderosa com o coração, especialmente em comparação com o trabalho que Joss Whedon fez quando assumiu o lugar de Snyder no desastroso longa lançado anos atrás.
A produção é definitivamente o filme que os personagens da Liga mereciam, dividido em capítulos (seis “partes” e, em seguida, um epílogo, que inclui muitas das novas filmagens que Snyder foi capaz de filmar para concluir este corte), o corte de Zack Snyder permite que os fãs assistam o longa de duas maneiras, nas 4 horas ininterruptas (sendo ótima experiência, onde o filme é envolvente e não cansa) ou que as pessoas parem facilmente entre os capítulos e retomem depois sem perder a experiência com este grande épico.
Se você viu a Liga da Justiça de 2017, muito do que realmente acontece é o mesmo. Os heróis se unem e derrotam o Lobo da Estepe, mas é a maneira como isso acontece que faz com que o filme pareça uma experiência muito diferente. Apesar de alguns exageros do Snyder (o que é comum), o filme é bem melhor que o de 2017, pois ele tem mais desenvolvimento, comparado ao corte horroroso de Whedon, que praticamente tentava emular o longa da DC Comics como se fosse uma produção da Marvel, o que foi muito estranho, principalmente com suas refilmagens e efeitos toscos, ainda mais se compararmos o longa como uma continuação do sombrio e corajoso Batman vs Superman.
Enquanto isso, a Liga da Justiça de Zack Snyder tem um enredo épico que quase se desenrola como uma história em quadrinhos na tela. É o que esperamos de Snyder, que por todas as críticas que sempre irá receber, o diretor respeita os personagens com visuais incríveis e tenta permanecer fiel ao que o supergrupo merece, uma história grandiosa e com muitas reviravoltas.
O Snyder Cut é uma construção lenta e prejudicou alguns personagens em comparação com o corte de 2017. No entanto, o longa nunca fica entediante e os ajustes e diferenças artísticas da versão de 2017 tornam o filme muito melhor. Zack Snyder não tem medo de ser mais deliberado, enquanto o filme da Liga da Justiça de Joss Whedon cortou muito e tentou ir direto ao ponto. Você pode apreciar a quantidade de cuidado que Snyder tem pela história e pelos personagens, principalmente para Ciborgue (Ray Fisher) e Flash (Ezra Miller), este que deixa de ser um mero alívio cômico e mostra toda a sua importância para a equipe.
As sequências de ação também são muito superiores à versão de 2017, incluindo a cena de assalto no banco com a Mulher-Maravilha (Gal Gadot), que saiu muito mais forte. A heroína mostrou todo seu esplendor e teve a devida importância dentro da equipe, mostrando o motivo de ser considerada a mais importante super heroína dos quadrinhos de todos os tempos.
Além disso, Superman (Henry Cavill) parecia muito mais com o velho Superman que conhecemos. Não é uma surpresa, considerando o quanto Snyder colocou no personagem nos dois filmes anteriores, mas o Superman foi a chave para se defender dessa ameaça sobrenatural do Lobo da Estepe. No Snyder Cut, o poder do Superman aparece como os fãs da DC esperariam, ele é o herói mais poderoso e a Liga da Justiça precisa muito dele. O uniforme todo preto que Snyder originalmente pretendia para seu retorno (antes que as mudanças de Whedon o levassem embora) foi lindo de ver no longa.
Aquaman (Jason Mamoa) foi provavelmente o membro menos envolvido da Liga da Justiça, mas o personagem recebeu seu próprio filme independente (embora não faça exatamente parte do SnyderVerse), e seu humor reservado era adequado, já que demorou um pouco para convencer a equipe com os outros. E Ben Affleck foi novamente incrível como Batman e Bruce Wayne.
Os maiores ajustes e acréscimos que Snyder foi capaz de fazer em seu corte foram incríveis. Darkseid foi a adição mais notável e a visão do vilão em seu planeta, Apokolips, acrescentou outro elemento ao filme. A batalha entre um Darkseid mais jovem e os defensores da Terra (deuses, homens, atlantes e amazonas) parecia ter sido arrancada das páginas de uma história em quadrinhos e definiu perfeitamente a importância das Caixas Maternas, o poder de Darkseid e o porquê de a Terra ser tão especial para a conquista do tirano.
Além disso, o Lobo da Estepe não é apenas um vilão genérico, mas um inimigo com uma boa motivação e isso é bem trabalhado! A sua ânsia em voltar para as boas graças de Darkseid tornou sua busca pelas Caixas Maternas mais intrigante, assim como sua descoberta pela presença da Equação Anti-Vida na Terra. Tudo se juntou para uma história completa, o que tornou compreensível até as mudanças na partitura musical, que podem parecer uma coisa pequena, mas formam uma melhoria bem-vinda.
Enquanto a inclusão de Darkseid foi a mais notável por sua presença adicionar mais peso ao longa, a sequência final do Knightmare como epílogo foi incrível. Conforme avisado pelo Flash em Batman vs Superman, Lois Lane (Amy Adams) foi a chave. O Superman está no caminho das trevas e acaba forçando alguns personagens a se unirem para detê-lo e isso inclui o Exterminador e o inimigo mortal do Batman, o Coringa (Jared Leto, que finalmente teve a chance de brilhar como o personagem e sua participação foi arrepiante e apaga a visão que tivemos dele em Esquadrão Suicida e mostra que o ator pode entregar uma atuação icônica do vilão).
A visão de Snyder sobre a montagem da Liga da Justiça agora está completa e no geral, o que assistimos em Liga da Justiça de Zack Snyder foi um épico de quatro horas que deixa um gancho para uma sonhada continuação, onde o cineasta poderá trabalhar com muito mais conteúdo, incluindo quem sabe todas as suas ideias em mais dois filmes. Vamos torcer para que a Warner Bros. dê mais uma oportunidade para Snyder e permita que isso aconteça.
Trailer:
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