CHAMAS DA VINGANÇA | Crítica do filme
Ironicamente esse é o caso infeliz que Chamas da Vingança (Firestarter)
acaba atingingo, a produção é um remake da Universal Pictures do filme de mesmo
nome de 1984, ambos baseados no romance de Stephen King sobre uma jovem e seu
pai que têm poderosas habilidades sobre-humanas e são perseguidos por uma
agência governamental sombria. No longa original tivemos a jovem Drew Barrymore
interpretando Charlene “Charlie” McGee e já no remake a jovem atriz Ryan Kiera
Armstrong (American Horror Story ) atua como a incendiária que é perseguida
pela misteriosa organização conhecida como A Loja. Juntando-se a ela está Zac
Efron como o pai de Charlie, Andy McGee, e Michael Greyeyes (Rutherford Falls)
como John Rainbird, o mercenário contratado pela organização para capturar
Charlie.
Dirigido por Keith Thomas a partir de um roteiro escrito por
Scott Teems, Chamas da Vingança tem até uma proposta inicial interessante em
dar um toque mais moderno ao conto original de King e diverge do material de
origem significativamente mais do que seu antecessor de 1984. Isso não é
necessariamente uma coisa ruim, mas em seus esforços para criar uma sequência o
filme oferece uma história muito menos satisfatória do que o romance de King ou
a primeira adaptação.
Na verdade, os problemas de narrativa com o longa são
superados por uma série de outros elementos frustrantes do filme. Tonalmente o
filme não parece certo de que tipo de gênero narrativo ele quer ser e demonstrar
ao seu público, parece simplesmente que a produção quer puxar elementos de super-heróis
com tons de suspense, incrementar um pouco terror nada assustador e ainda nos
contar uma ficção científica que não parece muito certeira em sua própria
ciência. Seja uma falha na química do elenco ou muito pouco tempo gasto no
desenvolvimento de sua dinâmica familiar, o vínculo entre Charlie e seus pais
nunca parece totalmente realizado na tela, deixando pouco para o público se
conectar emocionalmente.
Ainda assim, Armstrong faz um trabalho maravilhoso ao
desempenhar o papel principal em Chamas da Vingança e isso é o único ponto positivo
da trama, especialmente se a gente comparar com o desempenho memorável de Drew Barrymore
no mesmo papel. A versão de Armstrong de Charlie McGee não é tão desconectada
quanto o retrato de Barrymore e ela deixa a humanidade da personagem brilhar um
pouco mais e o resto do elenco permanece em grande parte esquecível, o que é
uma pena, dado o talento de todos os envolvidos.
Uma área em que o filme oferece uma experiência emocionante e divertida é com a trilha sonora espetacular composta pelo maestro do terror John Carpenter, junto com seu filho, Cody Carpenter e Daniel Davies. De fato, o trabalho do trio deixa o longa em vários pontos um pouco mais envolvente adicionando mais peso dramático as cenas, mesmo no que somos apresentados na tela seja uma confusão de fatos que não são nada interessantes. Não acontece com tanta frequência que a trilha sonora de um filme provavelmente seja mais popular do que o próprio filme, mas essa é uma daquelas raras ocasiões em que parece inteiramente possível.
Neste remake da adaptação de Stephen King de 1984, seguimos um pai e sua filha, Andy (Zac Efron) e Charlie. Durante seus anos de faculdade, Andy havia participado de um experimento da Loja que lidava com o “Lote 6”, uma droga com efeitos alucinógenos semelhantes ao LSD. A droga deu a sua futura esposa, Victoria Tomlinson, habilidades telecinéticas e a ele forma telepática de controle mental que ele chama de “empurrão”. Ambos também desenvolveram habilidades telepáticas. Após se casarem e terem uma vida aparentemente normal, sua filha Charlie acaba desenvolvendo uma capacidade pirocinética assustadoramente forte. Tendo uma infância normal e a família McGee vivendo entre pessoas normais, A Loja acaba sabendo sobre os poderes absurdos de Charlie, querendo pegá-la para maiores estudos. O longa acompanha a dupla de pai e filha fugindo da Loja, após um plano falho de tirar Charlie de seus pais e levando a morte de Vicky.
Trailer:
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