OBI-WAN KENOBI | Crítica da minissérie
A minissérie começa mostrando o ex-Mestre Jedi Ben Kenobi
trabalhando no planeta deserto de Tatooine. Através de seu isolamento, trazido
para sua própria segurança e a do jovem Luke Skywalker, que ele jurou vigiar,
vemos que a queda dos Jedi teve um impacto sobre Ben. Apesar de se ajustar à
dureza do planeta e de seu povo, ele ainda vive com medo de sua descoberta e se
afasta repetidamente dos necessitados.
O estado em que vemos este outrora orgulhoso e poderoso
mestre Jedi é emocional, para dizer o mínimo e a série é carregada
incrivelmente pelo puro talento de Ewan McGregor. As consequências da queda da
Republica mostra que Kenobi não saiu ileso e sua ansiedade e medo o dominam às
vezes enquanto ele tenta ser o herói que ele já foi e a trama na qual ele é
chamado para sair de seu isolamento para resgatar uma jovem princesa Leia
(interpretada por Vivien Lyra Blair).
Isso inicia uma reação em cadeia de eventos que traz uma
série de personagens interpretados por alguns grandes nomes, como Indira Varma,
Sung Kang e Moses Ingram, que tem um desempenho massivamente emocional como
Reva Sevander. Um dos membros das prequels que tem o seu retorno ao lado de
McGregor é Hayden Christensen, que traz todo o medo e força que Darth Vader carrega
consigo.
Abrangendo 7 planetas que possuem ambientes diferentes e
servem ao enredo de maneiras diferentes, além de uma trilha sonora familiar que
mais uma vez joga com nostalgia. O mundo de Star Wars nunca pareceu ou soou
melhor do que aqui e agora, capturando verdadeiramente a magia pela qual a saga
é conhecida, as coreografias transbordam emoção e que são potencializadas pela
atuação de todos os envolvidos. Como fã de Star Wars, fiquei muito feliz em ver
McGregor e Christensen de volta à tela juntos. Através de sua atuação,
especialmente, você pode ver a química que os atores mantêm em seus personagens
e a tragédia que é o relacionamento deles e isso acaba sendo uma das grandes
forças que os roteiristas se apoiam para criarem cenas que trabalham a jornada
de amadurecimento de Vader e Kenobi, que no meio disso tudo ganham momentos de
humor e ansiedade que soam nostálgicos das prequels e trazem um pouco da tolice
que vimos na trilogia sequels.
Apesar de existirem alguns momentos que serviram como uma
tentativa de criar um cenário de tensão e que para muitos acabaram parecendo um
pouco ridículos ou tolos, Obi-Wan Kenobi conseguiu levar os fãs em uma jornada
com personagens amados e criar um conto que muitos não sabiam que queriam ver.
A série em vários pontos é repleta de emoções de personagens que muitos fãs
passaram a amar, pois brincar com o saudosismo não sendo de forma gratuita serve
também para responder a perguntas e tapar buracos que muitas pessoas queriam
ver preenchidos. Isso também sai pela culatra às vezes e complica ou não
explica alguns aspectos por uma questão de conveniência do enredo, o que pode
até ser tolerado por muitas coisas nos quais já vimos na franquia.
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