Crítica do filme Glass Onion: Um Mistério Knives Out (Entre Facas e Segredos 2)
Agora com a continuação, que só possui ligação por conta do
ator Daniel Craig que retorna como o detetive Benoit Blanc, temos em Glass
Onion: Um Mistério Knives Out (Entre Facas e Segredos 2) um romance policial
com curadoria magistral que continua te deixando confuso. O enredo faz jus ao
título, pois tenta criar camadas complicadas sobre um mistério muito simples e
consegue nos revelar algo bem convincente, mesmo que durante o seu processo ele
desorienta completamente o espectador e conclui com a resposta mais óbvia.
Este filme pega tudo o que Knives Out de 2019 (Entre Facas e
Segredos) estabeleceu e o torna mais grandioso ou pelo menos tenta. A
localização, os personagens coloridos, a história de fundo do mistério e as
reviravoltas funcionam bem, mesmo que para alguns possa parecer obvio, o filme
consegue prender o espectador com um roteiro bem escrito, pois o estilo de
narração em flashback que leva à revelação final parece diferente, mas
divertido.
Apesar de sua duração de 139 minutos no qual eu achei um
pouco longa, Glass Onion pode demorar para envolver o público em seu 1º ato. Entretanto,
a recompensa com uma música e a fotografia misturados em design de produção são
compensados com um jogo de câmera que merece menção especial, pois diferentes
ângulos são essenciais para mesclar os eventos originais com o flashback mais
detalhado, fora ainda que a produção também não se esquiva de zombar de si
mesmo, eliminando qualquer necessidade de criticar seu cenário exagerado.
O clímax prolongado com toda a destruição pareceu um pouco
desnecessário e não faz justiça à tensão acumulada. Além disso, apesar dos
personagens serem divertidos e excêntricos, não conseguimos explorar muito suas
histórias, fazendo com que pareçam um pouco unidimensionais.
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