Crítica do filme Guardiões da Galáxia Vol. 3
Guardiões da Galáxia Vol. 3
surpreende ao passar um mix de sensações nos quais eu não tinha sentido nos
últimos filmes da Marvel (desde Ultimato) e termina com uma pequena lágrima de
felicidade ao ter finalizado um prato saboroso que te deu risadas, choros e o
mais importante, demonstrou que você pode e deve se importar com alguém que no
futuro irá se tornar seu amigo, ou mais que isso, sua família.
Deixando a melancolia de lado, o
novo filme da franquia acompanha Rocket Racoon (Bradley Cooper), explorando sua
jornada enquanto ele confronta sua história trágica não contada, que é mostrada
pela primeira vez em uma série de flashbacks ao longo do filme. filme.
Os flashbacks mostram sua criação como uma criatura artificial usada
apenas para experimentação pelo vilão do filme: o Alto Evolucionário (Chukwudi
Iwuji), uma poderosa entidade cósmica que se esforça para criar uma sociedade
perfeita. Embora os objetivos
do Alto Evolucionário pareçam altruístas, ele é na verdade um antagonista
cruel, bárbaro e iludido que não é o melhor vilão do MCU, mas facilmente o mais
perverso e odioso. Iwuji habilmente retrata o quão patético e indigno de
simpatia ele é, acrescentando uma teatralidade aos seus momentos de
insanidade. Ele muda de calmo e controlado para assustador e comandante
sem aviso, constantemente cometendo atos desprezíveis.
O tratamento que Rocket sofre nesses flashbacks é angustiante, tornando o filme mais maduro do MCU, pois a escuridão das sequências de flashback é contrastada por momentos de ternura que mostram o vínculo de Rocket com outros personagens animais que encontram amizade um no outro, apesar de seu tormento pelo Alto Evolucionário. As origens de Rocket são finalmente reveladas após anos de prenúncio, e as nuances e profundidade que isso lhe dá o tornam um dos personagens mais atraentes do MCU.
Diferente da franquia Velozes e
Furiosos que o lema família é usado para tudo, na franquia Guardiões da Galáxia
o enredo envolvendo família é bem melhor trabalhado e fecha um arco de forma
bem mais entusiasmada com todos os membros da equipe, pois os personagens frequentemente tomam decisões abruptas e desmotivadas
apenas para levá-los aonde precisam ir para que a história continue.
Para evitar que o filme se torne excessivamente sombrio, James
Gunn deixa algumas cenas com
muitas piadas, uma tendência que foi
estabelecida no MCU em parte pelos “Guardiões da Galáxia” originais. No
entanto, não é incomum o humor minar a seriedade das cenas e felizmente essas mudanças tonais são bem executadas neste filme, não deixando
ele extremamente bobalhão e tendo uma execução incrível, tornando a maior conquista da produção em criar um filme de
despedida satisfatório para
alguns dos personagens mais improváveis e influentes atualmente.
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