Crítica do filme Super Quem?
Lacheau encontrou uma abordagem peculiar e oferece ao espectador
um personagem chamado Cedric (Philippe Lacheau), um ator que tem dificuldade em
entrar no mundo do cinema e que só conheceu o sucesso graças a um golpe
publicitário que não foi muito a seu favor. Quando a produtora de um filme de
super-herói francês chamado Badman lhe oferece o papel principal após a morte
prematura do ator que interpretaria o personagem, a sorte finalmente parece
virar a favor dele. No entanto, uma noite, quando sofre um acidente de carro,
Cedric fica com amnésia e quando recupera a consciência ele pensa que é o herói
Badman e que ele tem uma missão a cumprir. Apesar das engenhocas de sua
fantasia, Cedric terá que enfrentar um gângster e reconquistar o respeito de
seu pai, o comissário de polícia. Ao longo de sua jornada doida, ele conta com a
ajuda de sua irmã Éléonore (Elodie Fontant) e de seus dois melhores amigos Adam
(Tarek Boudali) e Seb (Julien Arruti).
Philippe Lacheau tem experiência e sua direção permanece
fiel em um humor afiado que recorta com uma boa representação os grandes momentos
dos filmes baseados nas histórias em quadrinhos, temos cenas que misturam um humor
genuíno e perseguições com lutas que acabam tendo um desfecho as vezes forçado
para o público rir a qualquer momento e isso as vezes se torna sem graça,
entretanto, a tentativa mostra também um verdadeiro compromisso do diretor em
entregar uma comédia assistível e acolhedora.
Fora ainda que é impossível não ver na realização deste
filme com uma vontade de encontrar a eficiência do cinema de ação americano e
principalmente em um corte rápido de alguns planos dignos dos grandes
blockbusters. Claro que os meios financeiros não são os mesmos, mas o diretor e
ator Philippe Lacheau consegue entregar um filme imersivo no qual acompanhamos
com prazer o personagem de Cedric em suas aventuras como um Badman digno de ser
um Batman. Fora ainda que Lacheau não hesita em arranhar a indústria
cinematográfica francesa e tirar sarro daqueles atores que têm um ego
superdimensionado e parecem viver fora do mundo real.
Apesar da curta duração, o longa tem bases sólidas e evita
como muitos filmes cenas superficiais e inúteis. Desde os primeiros minutos, o
cenário é montado e o filme encontra seu ritmo ao fazer algumas alusões à saga
cinematográfica American Pie também.
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