THE MANDALORIAN | Ahsoka Tano, revelações do passado e nome verdadeiro do Baby Yoda – 2ª temporada – Episódio 05/Capítulo 13: The Jedi (Crítica)
Cinematografia deslumbrante, muita ação e muitas respostas para os maiores mistérios da série. O capítulo 12 da série The Mandalorian foi o que muitos fãs esperavam e devemos tudo isso ao amor pelo cinema japonês e o profundo conhecimento do cânone de Star Wars do escritor e diretor Dave Filoni, aqui temos de fato um verdadeiro mestre que já tinha provado seu valor nas animações da franquia.
O Mandaloriano e o Bebê Yoda chegam à cidade de Calodan no planeta Corvus, conforme Bo-Katan. A cidade é um lugar oprimido com cidadãos assustados que se escondem da punição que podem receber por falar com um estranho. A magistrada imperial que eles temem é uma tirana chamada Morgan Elsbeth (Diana Lee Inosanto), que acaba dando um trabalho para Mando: matar a Jedi que continua matando seus soldados, uma tarefa que Lang, o executor contratado, vívido por Michael Biehn, foi incapaz de realizar.
A história acontece rapidamente com Din Djarin encontrando Ahsoka Tano (Rosario Dawson) na floresta, descobrimos que Baby Yoda era um padawan chamado Grogu antes de desaparecer durante o expurgo imperial no Templo Jedi e logo em seguida ele ajuda a ex-Jedi a derrotar a magistrada. Ao longo de todo o episódio temos cenas prolongadas que lembram os faroestes e confrontos de samurai. Intitulado “The Jedi”, o magnifico episódio prova que Filoni passou muito tempo tentando descobrir como traduzir sua experiência nas animações em live action.
Aqui temos muita diversão e boas cenas de ação, ver uma Jedi do mundo animado em carne e osso prova que bons personagens podem aparecer em qualquer mídia e a dinâmica sem esforço entre Ahsoka, Din e Baby Yoda / Grogu nos revela que podemos ter mais personagens dando as caras na série. Mas Ahsoka agora como uma heroína por si mesma, ela pode carregar todo o legado dos Jedi em seus ombros. Seu comportamento mudou significativamente desde As Guerras Clônicas. Esta era e suas décadas de experiência permitem que ela se mantenha por conta própria, mostrando claramente que ela se preocupa profundamente com as pessoas ao seu redor e aqueles que ela deixou para trás quando deixou a Ordem Jedi.
Fora ainda que Rosario Dawson é enérgica e deliberada em cenas de luta, mas com um ar de autoconfiança gentil, assim como Obi-Wan Kenobi ou Luke Skywalker. Momentos de leviandade e sorrisos no meio da batalha evocam a adolescente da animação The Clone Wars sem ser enjoativo ou muito autorreferencial. Como Filoni, Ahsoka não precisa mais provar que pertence a este mundo, pois ela está ali e simplesmente faz com maestria do que se espera dela.
Com a personagem em cena, descobrimos que o famoso Grande Almirante Thrawn está vivo, o que gera uma peça de quebra-cabeça divertida para provocar os fãs de Rebels. Thrawn ainda está desaparecido, o que significa que o aprendiz Jedi Ezra Bridger também está desaparecido. Ahsoka saiu em busca de Ezra no final da série animada Star Wars Rebels e parece que ela ainda está procurando por todos esses anos o jovem padawan.
A história de Ahsoka se conecta a outra parte da saga também. Sua relutância em treinar Grogu mostra que ela tem medo de treinar outro Jedi que possa cair para o lado negro como Anakin. Pois Se o amor de Grogu por Mando se tornar possessivo ou destrutivo, ele poderá seguir o mesmo caminho de Darth Vader. A dinâmica entre Ahsoka e Din, ambos confortáveis juntos e nunca parecendo precisar provar nada para o outro, fornece a essa incerteza um pano de fundo de tranquilidade. Se alguém pode tornar as coisas boas para a criança, são esses dois.
Além da presença de Ahsoka, o episódio demonstra uma sensibilidade madura ao subestimar o tema natureza vs. industrialização frequentemente presente em Star Wars. As Guerras Clônicas não são exatamente conhecidas por serem sutis, mas este episódio dá a sensação de ter sido refinado cada vez mais até que uma história elegante ficou em cima da ameaça facilmente compreensível, mas nunca bem falada. A magistrada imperial é obviamente cruel com as pessoas e com o meio ambiente. Ninguém precisa sair e dizer que ela está envenenando o solo para ver que a floresta ao redor da aldeia está morta e a magistrada mura seu próprio jardim por dentro. O cenário também envia silenciosamente a mensagem de que a Jedi está do lado da natureza e também do povo.
No geral, “The Jedi” é um lembrete de que a série é um espetáculo visual e uma masterclass técnica em fazer muito com pouco. The Mandalorian continua sendo muito divertida e se conectando a outras partes de Star Wars sem se sentir presa nelas.
Leia as críticas dos episódios da segunda temporada:
Leia as críticas dos episódios da primeira temporada:
THE MANDALORIAN | A “Força” é poderosa, baby! – Capítulo 02: The Child (Crítica)
THE MANDALORIAN | Amor Fraternal! Capítulo 03: The Sin (Crítica)
THE MANDALORIAN | Velhas ameaças do passado – Capítulo 04: Sanctuary (Crítica)
THE MANDALORIAN | Uma parada rápida em Tatooine – Capítulo 05: The Gunslinger (Crítica)
THE MANDALORIAN | O cão caçando os ratos! – Capítulo 06: The Prisoner (Crítica)
THE MANDALORIAN | Enrascado com os amigos – Capítulo 07: The Reckoning (Crítica)
THE MANDALORIAN | Um final com um mix de risadas, ação e emoção – Capítulo 08: Redemption (Crítica)
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